quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EXERCENDO A CIDADANIA!!

Esse foi o deputado federal que eu ajudei a eleger!! Gravem o que digo: futuro senador, governador e presidente da república, basta ele querer!!


http://www.youtube.com/reguffetv#p/a/u/0/PEqQSQQdNcQ

terça-feira, 30 de agosto de 2011

TCM COM DHA MELHOR QUE ÓLEO DE LORENZO!!

Famoso após o filme de mesmo nome, o óleo de lorenzo continua sendo pesquisado em pessoas com adrenoleucodistrofia (ALD). Neste caso um indivíduo adulto que apresentava adrenomieloneuropatia, que é a variante da ALD em pessoas adultas. Mas como em vários casos (muitos tem sucesso sim), apesar de toda emoção vivida em quem assitiu ao filme, a mistura de ácido oleico com ácido erúcico não parece ter gerado grandes efeitos (óleo de lorenzo é uma variante do óleo de colza, que deu origem ao transgênico óleo de canola, misturado a azeite de oliva). Neste trabalho que cito na postagem, a adição de óleo de lorenzo não trouxe resultados positivos (nem negativos), e o paciente só melhorou quando os autores utilizaram uma mistura de DHA com um pouco de EPA, mais TCM, vitamina E e L-carnitina. Paciente também usou atorvastatina 10mg/dia, tudo por 8 meses. O acúmulo de ácidos graxos saturados de cadeia longa reduziu, e houve uma troca por DHA. Vale dizer que em paceinte com ALD existe uma incapacidade de formar DHA pela falta do processo de beta-oxidação peroxissomal.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

NOVA FONTE DE VITAMINA D!

Acaba de ser publicado um artigo que ofereceu cogumelos para seres humanos e conseguiu aumentar a concentração de vitamina D no sangue. Os cogumelos são pobres em vitamina D2 ou vitamina D3 (ergocalciferol e colecalciferol), porém são fontes de ergosterol (precursor da vitamina D2, que está na parede celular dos fungos), que poderá sofrer ação dos raios UV, e se transformar em vitamina D2. A vitamina D2 funciona metabolicamente como a vitamina D3, ambas sofrerão 2 hidroxilações para se tornarem ativas. Um cuidado sempre que deve ser tomado é que como cogumelos são fungos, em disbiose, isto pode ser indesejável.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

INTERPRETANDO EXAME DE SANGUE!!


Um dos exames mais comum de serem solicitados aos pacientes é a dosagem da gama glutamil transferase, ou GGT. Muito utilizada para avaliar disfunção hepática e alterações na vesícula e metabolismo de sais biliares, quero trazer a discussão sobre a função desta enzima. A enzima GGT é necessária para captar a glutationa na sua forma reduzida de fora da célula para dentro da célula, para aumentar a produção deste antioxidante no interior das células. Objetivo principal evitar o estresse oxidativo intracelular, por exemplo em neutrófilos. Observem que para se formar adequadamente glutationa, além dos aminoácidos, precisamos de ácido lipóico e vitamina B3. Logo, em indivíduos com GGT aumentada, isso pode ser sinal de estresse oxidativo, que há grande utilização e degradação de glutationa, mas é preciso saber fazer esta interpretação junto com outros exames. Portanto temos que aumentar dieteticamente os aminoácidos formadores da macromolécula e os micronutrientes formadores das variações da glutationa, peroxidase, redutase e S-transferase.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Bioquímica – Uma visão tridimensional!!

Hoje percebo como é sublime e ao mesmo tempo complexas as reações químicas em nosso corpo. É fantástico quando passamos a enxergar com uma visão tridimensional e percebemos todas essas reações acontecendo ao mesmo tempo criando assim uma rede de interdependência absoluta. Pensemos no glutamato. A ornitina (OKG) tira 2 nitrogênios da circulação e fecha o ciclo da uréia com o cetoglutarato, que doa um nitrogênio para formar glutamato. Ao mesmo tempo o glutamato doa nitrogênio para KIC, KMV, KIV, para a formação de aa´s essenciais (leucina, isoleucina, valina.). O glutamato doará um nitrogênio para o oxalacetato que via aspartato amino transferase (AST) formará aspartato (aa não essencial). Seguindo esse raciocínio o glutamato doa o nitrogênio para o Piruvato que via alanina amino transferase (ALT) formará alanina (aa essencial). Partindo dessa fantástica “teia” percebemos a constante busca do corpo em criar ESQUELETOS DE CARBONO para a síntese de novas estruturas....Podemos usar essa teia e enxergar alguns exames bioquímicos de outra forma. Levando esse raciocínio para a prática, seria injusto ou até pequeno de nossa parte, usarmos a ALT e a AST simplesmente para dano hepático. Essas enzimas são marcadores de anabolismo, o corpo sinalizando que a via biossíntética está ativa. Complementando essa visão ocorre uma redução da uréia em função do aumento da retenção de nitrogênio. Enfim usemos o raciocínio bioquímico tanto para avaliar se um praticante de atividade física está anabolizando ou até mesmo para indicar um paciente nefropata a se engajar em um treinamento de força para diminuir a excreção de nitrogênio (obviamente aumentando a retenção) e por consequência diminuindo o dano renal. Abraço a todos!

Postagem feita por Dr. Marcelo Carvalho, nutricionista e educador físico. Quer receber um tratamento nutricional baseado nesta visão tridimensional, holística, funcional, bioquímica? Consulte conosco. Trabalhamos juntos com objetivo de lhe proporcionar saúde. Clínica Bem Estar (Brasília - DF) - 30399091

domingo, 14 de agosto de 2011

O que nutre também mata!!

Brinco (ou falo sério) muito com meus alunos que livro de cabeçeira (inclusive na hora de ir ao banheiro) para nutricionista tem que ser livro de bioquímica. O prazer que sinto por fazer isto só sente quem faz também (a frase ficou dúbia, hahahahaha). E quanto mais leio, mais chego à conclusão do equilíbrio bioquimico como base da vida. Vejamos a glicose: é o grande combustível gerador de energia, a via glicolítica acontece em todas as células do corpo, em especial no cérebro que depende fundamentalmente deste nutriente. Mas essa mesma glicose é capaz de glicar proteínas e estruturas, provocar a chamada reação de maillard, caramelizando e envelhecendo o próprio cérebro. Mas é a mesma glicose que quando fosforilada e vira glicose 6P, entra parcialmente no ciclo das pentose fosfato para gerar (entre outras coisas) NADPH. E é o NADPH que torna a glutationa oxidada em glutationa reduzida, que por sua vez é capaz de transformar o peróxido de hidrogênio (uma ERO, delétéria para o corpo em alta concentração) em água. Mas é a mesma glicose que se reagir com a amônia que vem da glutamina, pode gerar glicosamina, outra substância bastante prejudicial ao corpo. Mas essa glutamina também é fonte geradora de energia para os enterócitos. MEU DEUS DO CÉU, perdoai-nos porque destruímos esta obra de arte que criaste chamado metabolismo humano.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Carne vermelha induz a diabetes!!

Comer um bife ou uma salsicha por dia aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 segundo pesquisa do AJCN. Mas substituir a porção diária de carne por laticínios "magros" e grãos integrais reduz esse perigo. As conclusões são do maior estudo já feito sobre o assunto, com dados de cerca de 300 mil pessoas, acompanhadas desde a década de 1970. Segundo o estudo, quem come 100 g de carne vermelha (um bife) tem risco 19% maior de ter diabetes tipo 2, em comparação com quem consome menos do que isso.

Já as carnes processadas, como salame e mortadela, foram consideradas mais prejudiciais: 50 g diários (uma salsicha) podem elevar o risco de diabetes em 51%. Os pesquisadores notaram que aqueles que consumiam mais carne vermelha tinham mais chance de ser fumantes, mais gordos e sedentários. Mas mesmo que todos os participantes da pesquisa tivessem o mesmo IMC (Índice de Massa Corporal) o consumo de carne ainda aumentaria o risco de diabetes tipo 2.

FERRO

Uma das explicações possíveis é que o chamado ferro-heme, presente nas carnes vermelhas, causa danos às células beta do pâncreas, que produzem a insulina. Além disso, o ferro acumulado induz a hemocromatose que pode lesar o pâncreas. Os pesquisadores dizem ainda que os aditivos quimicos (especialmente os nitratos) presentes nas carnes são tóxicos para as células beta.

Fonte: Red meat consumption and risk of type 2 diabetes: 3 cohorts of US adults and an updated meta-analysis. Am J Clin Nutr October 2011 ajcn.018978; First published online August 10, 2011.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

ARROZ BRANCO? TENTE COMER MENOS!


Poderíamos enumerar os malefícios de se consumir o arroz refinado ou arroz polido, a começar pela falta das vitaminas do complexo B e fibras presentes na versão integral. Mas hoje queria apenas trazer a informação sobre a alta concentração de cádmio. Um dos problemas deste metal pesado é que ele reduz a biodisponibilidade do zinco presente em cereais, sementes e frutos do mar. No caso do arroz branquinho, bem clareado artificialmente, a proporção zinco:cádmio sai de 120:1 na forma integral para 16:1 na forma refinada. Ou seja, temos um alimento pobre em zinco e rico em substância geradora de problemas renais, impotência e perda da capacidade reprodutiva e câncer de pulmão.
Importante: o cádmio também reduz a cisteína, aminoácido importante para formação do cabelo, por exemplo. Cádmio também é muito comum no cigarro, em pilhas e tintas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

RELATO DE CASO!!

Ontem na clínica atendemos uma paciente que apresentava como queixa principal um cansaço extremo, não conseguia dormir profundamente, acorda a noite e acorda pela manhã com sensação de cansaço. Vem com isso há 3 anos (ou seja, já se cronificou) desde que teve um problema profissional. Fisiologicamente pensando, produção de serotonina e melatonina muito baixas, portanto, estresse oxidativo em nível altíssimo. Unhas muito fracas, olheiras, edema de membros, ansiedade, irritabilidade, vários sintomas que na avaliação física fui fazendo a correlação fisiológica e nutricional. Além disso, o cérebro é o grande regulador da função das adrenais (eixo hipotalamo-hipófise-adrenal), e sem dormir, as glândulas adrenais podem se encontrar em situação de estresse intenso ou já na situação de fadiga adrenal, em que o tratamento é completamente oposto do estresse adrenal. Claro que indicamos a ela fazer os exames bioquimicos funcionais, a paciente aceitou, fez, e o resultado como esperado, estresse oxidativo moderado (leve, moderado, intenso) e fadiga adrenal. O importante aqui é que os sintomas que descrevi e outros são comuns também no estresse adrenal como na fadiga adrenal, o exame bioquimico feito com urina e saliva serviu para esta diferenciação e prescrevermos o tratamento adequado. Ex: no estresse adrenal fazemos restrição de sódio, na fadiga não. Reitero que fazemos estes exames em pacientes que desejem por conta própria ou por colegas que encaminhem; não ficamos com o paciente para tratarmos, apenas emitimos o laudo dos exames e sugerimos ao nutricionista possíveis alimentos, fitoterápicos e compostos a serem utilizados.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Frutose leva à hipertensão!

Processo já bem conhecido de absorção de glicose é o sódio dependente, que necessita de gasto de energia, da bomba de sódio potássio atpase, justificando o uso de soro fisiológico/caseiro para hidratação. Mas as novas descobertas mostram uma relação inversa, em que o carboidrato aumenta a absorção de sódio e cloro. Este mecanismo se dá via glut5 na membrana dos enterócitos. A frutose já é bem conhecida por ser indutora de sindrome metabólica, incluindo aqui hipertrigliceridemia, hiperuricemia, obesidade e resistência `a insulina. Acrescentaremos agora a hipertensão. Explicarei este novo mecanismo descoberto agora no fim de agosto em um curso de pós graduação, mas já vele a recomendação de evitar o excesso de frutose para quem tem pressão alta. Copo com suco de laranja acompanhando uma feijoada, será que vale a pena?